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PRISÃO PARA OS PAIS E MÃES


Senadores da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) divergem sobre flexibilizar ou não as punições estabelecidas em projeto de lei (PLS 189/2012) do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Depois de alguma polêmica, a comissão acabou aprovando substitutivo do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) à proposta, que estipula penalidades para os pais ou responsáveis que não participarem das reuniões escolares de avaliação de seus filhos ou dependentes.

Pelo projeto, caso os pais não compareçam ao menos em quatro reuniões pedagógicas anuais, estarão impedidos de prestar concurso público, não receberão remuneração de empregos públicos, não poderão fazer empréstimos em bancos federais e nem emitir passaporte.

Tenho enorme respeito pelo Senador Cristovam Buarque (junto com Paulo Renato), um dos maiores ministros da Educação que tivemos. Também, como educador a mais de 25 anos busco inúmeras formas de fazer as famílias participarem da vida pedagógica de seus filhos.

As desculpas são inúmeras pelas ausências: quando o poder aquisitivo é alto existem reuniões e atividades sociais inúmeras a frequentar, quando ao contrário as famílias se ausentam acreditando que pouco podem interferir no trabalho da escola: já é um “prêmio” ter conseguido uma vaga...

A escola assumiu (por culpa de nós, educadores) além da função da educação, cujo dever é da família que deveria constituir e repassar valores e crenças que acredita, com a escola permeando e mostrando outras possibilidades que permitam ao aluno decidir e caminhar por conta própria.

Daí vem a nossa nobre missão: a escolarização. Nos modelos clássicos de ministrar conteúdos e ensinar aos alunos uma profissão, a se relacionar e aproveitar os momentos sociais e profissionais que virão. Com qualidade e competências sempre andando juntas.

E a família? Assiste e aceita tudo passivamente? Não digo em interferir naquilo que os profissionais da educação, como eu, estão bem preparados para realizar, mas de cobrar resultados dos filhos, de denunciar maus profissionais, maus governos e pessoas que acreditam que o lucro está à frente de qualquer responsabilidade educacional.

Prezado Senador Cristovam, aprovo sua intenção, mas vamos trabalhar para conscientizar a importância da participação das famílias. Como sempre digo aos pais: Toma que o filho é teu! Você deve cuidar de cada dia dele.

Se não formos capazes de mostrar as vantagens dessa participação podemos comparar aos “marronzinhos da CET” que, antes de orientarem e mostrarem a necessidade de cumprir a lei, que trará benefícios à todos, prefere sair multando.....

SOLTEM OS PAIS E MÃES PARA QUE PARTICIPEM DA NOVA EDUCAÇÃO.


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